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Há quem acredite que eu nasci numa manjedoura. Mas isso é um pouco de exagero. A verdade é que eu vim do planeta Krypton. O gosto pela literatura me acompanha desde criança. Lembro que meus amigos ficavam em casa jogando bola enquanto eu ia pra rua ler. Escrevi minha primeira peça aos 13 anos. Não era uma comédia, mas tinha tantos erros de ortografia que ficava difícil ler sem achar graça.

Participei de alguns festivais de poesia no colégio. Nenhum primeiro lugar, mas a certeza de que era possível receber aplausos por algo que você havia escrito. Desde que tivesse um coquetel no fim, claro. Apesar disso eu nem pensava em ser escritor nessa época. Queria ser físico. Só depois é que entendi que passar a vida tentando explicar os atos de Deus não era tudo isso. O grande lance era ser Deus.

Quando passei no vestibular para o curso de jornalismo da Universidade Federal Fluminense, não sabia direito onde ia estudar. No endereço do Instituto de Artes e Comunicação Social, em Niterói, só havia um casarão caindo aos pedaços com uma pichação logo na parede da entrada que dizia: "para curar um amor platônico, só uma gozada homérica". Pelo menos as aulas de filosofia deviam bombar, pensei.

Na faculdade editei um fanzine muito comentado na época. Estou falando de um tempo em que não existiam blogs, nem redes sociais. O máximo de interatividade possível era rabiscar uns palavrões no jornal mural ou então publicar o seu próprio periódico. "Publicar", claro, é força de expressão. A fase do mimeógrafo já havia passado, mas ainda estávamos num período de transição entre a xerox e a impressora matricial.

Os editores de texto rodavam em DOS e a sala de informática era um lugar onde só se podia entrar acompanhado e de mão limpa. No resto do tempo a gente datilografava numas Olivettis do tempo da invenção da prensa tipográfica. Mas foi ali que aprendi os fundamentos do texto jornalístico. Exercitei esse conhecimento em algumas assessorias de comunicação, como a da Reitoria da UFF e a da Secretaria de Obras do Rio de Janeiro, até entender que o meu negócio não era só esse.

Depois de colar grau em jornalismo resolvi cursar cinema. Havia frequentado as aulas de roteiro e até escrito alguns curtas. Parecia o caminho natural para um jornalista que gostava de contar histórias. Mais tarde percebi que as duas atividades só se completavam até certo ponto. Enquanto o jornalista escreve coisas que muitas vezes ele não entende, o roteirista escreve coisas que muitas vezes os outros é que não entendem.

O curso de Cinema era meio parecido com uma auto-escola. Todo mundo queria aprender a dirigir seu próprio carro, mas a maioria nem chegava a tirar a carteira. O que aprendi sobre linguagem cinematográfica na sala de aula melhorou bastante minha forma de escrever roteiros. Sem contar que agora eu já conseguia distinguir um western do John Ford de um bangue-bangue do Durango Kid.

Animado com as possibilidades do audiovisual, aprendi mais sobre roteiro, fotografia e edição, estudando com profissionais como Marcio Fontenele Guerra, Marcelo Gomes, Sergio Goldemberg, Antônio Luís Mendes, Júlio Rios e Henrique Tartaroti. Comprei alguns equipamentos e montei uma pequena produtora de vídeo, onde ensaiei alguns trabalhos por conta própria para empresas e instituições públicas. Até que era legal não ter chefe. O ruim era também não ter ninguém em quem dar esporro.

Quando as demandas exigiram mais investimentos, resolvi deixar a parte técnica de lado e me dedicar somente à criação. Trabalhei alguns anos para o Departamento de Comunicação e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, escrevendo e dirigindo programas sobre saúde pública. Atualmente roteirizo projetos de ficção e não ficção, com ênfase em vídeos corporativos, educativos e científicos, para produtoras independentes como Videociência, Mediatech e Foco filmes.

Eu nasci, eu cresci. Isso em linhas gerais
Quem sou